quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Palavras Soltas

Manhã, espera, vida,
Tarde, preguiça, tédio,
Noite, insônia, medo

Pés, movimento, segue,
Mãos, segurança, para,
Sonho, esperança, leva,

Coragem, confusão, ânsia,
Força, claustro, raiva,
Amor, distância, dor.

sábado, 13 de agosto de 2011

Anjos

   Eis que um jovem é abordado por uma criança enquanto caminhava pela manhã nas calçadas próximas de sua casa.
   - É o senhor que estava precisando de proteção?- Pergunta o menininho, e o jovem fingindo não escutá-lo continua sua caminhada, porém a criança segue andando, correndo ao seu lado, acompanhando seus passos.
   - É um belo dia, não é?- Pergunta o menino novamente com um sorriso nos lábios tentando puxar assunto, o jovem olha para o lado, para baixo e com cara de desinteresse e continua a andar, o menino sempre ao lado continua a falar.
   - Eu gosto de andar pela manhã, ainda mais num dia tão bonito quanto esse. Eu gosto também de proteger as pessoas.- O jovem da uma risada ao escutar essas palavras novamente da boca de tão pequena criança.
   - Pode rir, as pessoas ficam mais belas quando riem, mas não se esqueça de olhar para os dois lados da rua quando atravessar.
   Neste ponto o jovem iria atravessar a rua, mas sentiu-se provocado pela criança tão insistente em achar-se protetora, vira rapidamente para ela com um sorriso irônico e a segura pelo braço.
   - Olhe aqui...-  ele não teve tempo de terminar a frase, pois sentiu um vento nas suas costas e se virou para ver que dois caros passavam assustadoramente velozes num racha na rua em que ele iria atravessar, espantado olha novamente para a criança que lhe dá um sorriso se solta das mãos do jovem e sai andando saltitando pela calçada, o jovem vira para olhar a rua novamente e quando volta seus olhos para a criança mais uma vez, completamente surpreso percebe mais nenhum sinal.

domingo, 10 de julho de 2011

Por que Amar?

   Há quem ache que amor é um sentimento a mais, que é cegueira, as pessoas que amam ficam tolas, não sabem o que fazem, sonham demais, dizem que amor como contam por aí não existe.

Quem pode dizer?
O que é amor?
Você pode me explicar?
Preciso amar?

   Sim preciso, sei o que é amor, mas explicá-lo se torna impossível. não é um simples sentimento, é muito mais, é mudança. Isso! Amor é mudança. Quem ama não pode permanecer igual. E é isso que falta em nosso mundo, amor, e não falo do amor como é sempre anunciado por aí, não digo que você precisa amar a todos , isso você deve estar cansado de escutar, mas ame a uma pessoa só, e então você ira valorizar todas a outras, quer saber como?

   Aceite o amor que você tem por alguém saiba admitir isso, e quando você for retribuído se você tem somente um pouco de religiosidade começará a perceber muita coisa, então perceberá a grandiosidade de Deus ao lhe dar tal presente, e não poderá deixar de valorizar toda a sua criação.

   Alguma dúvida disso? Experimente amar de verdade e tirará a prova, se mais pessoas soubessem o que é amar, nosso mundo seria muito melhor, pelo menos teria menos pessoas se queixando dele, e mais vendo a maravilha que é, quando nele se pode viver e amar.

And I think to myself, What a wonderful world.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

No meio do Meu Caminho

No meio do caminho de Dante era pau
No meio do caminho de Drummond havia uma pedra
No meio do caminho de Tom Jobim um rio

Tivemos estradas
Tivemos túneis
Tivemos pontes
Não era o fim do caminho

No meio do teu caminho tem os teus problemas
No meio do caminho dele tem os seus medos
No meio do caminho dela talvez a solidão

Temos soluções
Temos coragem
Temos companhia
é só procurar

No meio do meu caminho tem pau, pedra e tem água
No meio do meu caminho tem florestas, montanhas, tem oceanos.
No meio do meu caminho tem metade do mundo e mais um pouco,

Tem culturas
Tem preconceitos
Tem conceitos
Todos diferentes

Mas no meio do meu caminho não há nada concreto o bastante
No meio do meu caminho não há nada grande o bastante
No meio do meu caminho não há nada que possa me parar

Tenho vontade
Tenho sonhos
Tenho amor
E tudo isso me guiará.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

Acontecimentos

Tudo que somos, não somos por acaso
Do que fazemos, nada é um total acidente,
Nada não tem sentido

Aquilo que te fez sentir mal, um dia talvez te salvará
Aquele que te fez chorar, um dia te fará rir.
Nada é em vão, nada não tem uma razão.

O que foi ontem, hoje poderá ser aproveitado
O que é hoje, acrescentará no amanhã
Tudo é lucro, Tudo pode ser usado em benefício

sábado, 21 de maio de 2011

Patas na Neve

Era inverno, e há pouco tempo havia parado de nevar. A taverna estava cheia e animada. O trovador cantava e com cerveja tanto nas canecas quanto nas cabeças, o povo acompanhava, animadamente.
Um uivo se ouviu, com tal força deveria provir de um grande lobo, logo em frente a porta. Tudo foi silenciado e sentimentos foram espalhados por aquele som. Uns viram a morte diante de seus olhos, outros com tamanha segurança, correriam valentes em direção à floresta, para seguir o ser portador de tal dom, mas por algum motivo todos ficaram parados, junto com o tempo e o vento.
O silêncio era absoluto por pelo menos meio minuto, quando foi quebrado pelo ranger das portas abrindo, seguido pelos passos molhados do homem que entrava.
Ele era alto e forte, com cabelos e barbas longos e grisalhos, contudo o que mais impressionava não era sua aparência e sim sua voz, grave e forte, mas somente o suficiente para que todos ouvissem e prestassem atenção, intimidador aos orgulhosos e confortante aos humildes, tudo isso foi percebido após o terceiro passo quando ele começou a fala.
- Ouçam aqueles que devem ouvir, a hora chegou e precisamos de cada garra e cada dente ao nosso lado, pois sangue está sendo derramado sobre nossa mãe e este não é o de nosso inimigo,  nosso refúgio nas sombras através do espelho foi corrompido e a batalha está perto do fim e o êxito está contra nós.
- Eis então que venho convocar-vos, assim como cada outro irmão nascido soba  lua crescente está fazendo, chamo-vos, irmãos de garras, a juntar-vos a nós neste último esforço, vamos e demos o melhor de nós mesmos e mostremos àqueles que nos atacam o quanto eles estiveram errados ao achar que poderiam nos derrotar, já que se não pudermos vencer então nada mais terá sentido sobre a terra.
- Aos interessados , que essas palavras sejam acolhidas em seus corações, e àqueles que nada podem fazer para o nosso benefício, que continuem vivendo suas vidas até quando puderem como se nada disso tivesse acontecido.
Com isso o homem se retirou e com ele outros vinte, enquanto dentro da taverna a festa continuou, pois afinal era somente um lobo uivando para a lua numa noite de inverno, lá fora com suas patas sobre a neve.

sábado, 30 de abril de 2011

Mãos sujas de sangue.


- Terra a vista!
Foi o grito que veio do cesto de gávea e alegrou os corações de nossa tripulação. Nossa viagem já durava alguns meses no mar, me lembro como se fosse hoje. Fui enviado para um tipo de missão de reforço, eu e meus homens tínhamos ouvido que havia muito ouro esperando por nós naquela terra, o Novo Mundo, fomos loucos, como cavalos mal treinados correm ao pote de água após de um bom passeio pelo deserto, éramos homens fortes e desimpedidos.
Aportamos e vimos àquela terra selvagem, e já nos estavam esperando, nossos compatriotas estavam tendo problemas com alguns nativos, preparamos nossas armas e fomos, sem piedade para qualquer selvagem, era assim que pensávamos e era assim que nos fizeram pensar, e afinal de contas, era o ouro que queríamos, e este como o sol ofuscava a nossa visão. O brilho era tão forte que ao voltarmos nossos olhos para baixo tudo era escuridão, quem já olhou para o sol sabe, não importa quanto o dia seja claro, olhe e depois de um tempo quando tentar mirar outro lugar todo será escuro. Por isso não nos importávamos,  não nos interessavam seus templos, sua arte, sua cultura ou mesmo suas vidas, quem caía sob nossa lâmina ou a mira de nossas armas tinha seu último suspiro, pois seus arcos não eram páreos para nossos mosquetes.
Até que um dia minha visão se abriu, do pior jeito possível.
Entramos em suas cidades, nossos homens matavam os selvagens a sangue frio e usavam suas mulheres, ao seu bel prazer. E eu mesmo sabendo do erro de meus companheiros não fazia nada para detê-los. Minha mente estava podre, minha consciência me atormentava e a batalha que ocorria dentro de mim quando me deitava era pior do que qualquer outra que se passava durante o dia.
E nesse momento uma faísca pode causar uma grande explosão. Já tínhamos dominado aos Astecas e aos Incas, e negociávamos pelo seu ouro, quando uma criança nativa que fora forçada a nos servir deixou cair vinho sobre um de nossos comandantes, pobre criança, seus braços ainda não eram suficientemente fortes para carregar aquela jarra, o medo não lhe dava firmeza nas pernas, mas tudo isso não foi considerado por aquele homem, e me sinto culpado de chamá-lo de homem, pois enquanto o menino o fitava com olhos assustados ele sacou a arma e atirou. Para mim foi como se o tempo tivesse parado, todo o sangue antes derramado veio em minha mente junto com o do pobre garoto. Percebi o quão fútil era aquela busca, e quão baixa era aquela nossa vida. Senti o chão tremer sob os meus pés, era como se nada valesse a pena, preferiria morrer ali mesmo, no lugar daquele inocente, porém algo mais estava preparado para mim. Uma mulher vinha correndo em direção ao monstro que havia matado o seu filho, estava desesperada e armada simplesmente com uma faca. Aquilo não seria suficiente, pois a mesma mão suja com o sangue inocente erguia-se em direção à pobre mãe. Não pensei duas vezes, no mesmo instante em que desembainhava minha espada, mirava em sua garganta, e a mesma lâmina usada para dizimar aquele povo cortou pela última vez, e desta vez foi para defendê-los, pois a mão que atirou no filho não atiraria mais. Lá estava a mulher paralisada, ela não sabia o que fazer, olhava para mim como se aquilo não fosse real. Porém logo continuou, eu via agradecimento em seus olhos, ela pegou seu filho no colo e olhou para mim novamente com lágrimas nos olhos.
Eu sabia o que tinha feito e os homens que ali estavam ficaram por alguns momentos paralisados, mas logo que recobraram a razão alguns saíram correndo para chamar outros. Pensei que aquele seria meu fim, um deles ergueu sua arma para mim, escutei um disparo, mas continuava vivo, percebi naquele momento que eu não fora o único a recobrar a visão. Outros dez homens vieram até mim e ficamos lado a lado, eu ajudei a mulher que estava com seu filho ensanguentado no colo a se levantar, eu sabia o que ela queria, ela não tinha tempo para chorar, precisávamos fugir. Ela queria propiciar um funeral digno para seu filho, então corremos, passamos por vários homens, alguns viam a criança, escutavam as explicações rápidas dos que me seguiam e se juntavam a nós, outros tentavam nos impedir, em vão.
Quando já havíamos percorrido uma boa distância floresta adentro, paramos. A mulher ainda com seu filho nos braços olhou para mim e pediu que a seguíssemos. Andamos por um bom tempo até chegarmos a um lugar estranho que parecia um abrigo. Lá vários nativos tentaram nos impedir de entrar, mas a mulher lhes explicou em sua língua o que havia ocorrido e fomos bem acolhidos, com a condição de que nunca mais voltaríamos atrás.
Assim foi, permanecemos com o povo refugiado, aprendemos sua língua e fugimos junto com eles, por um longo tempo, e os espanhóis ainda nos perseguem mesmo despistados. Hoje escrevo, e não sei se alguém vai ler algum dia, estamos longe do lugar onde tudo começou, mas paramos de fugir. Achamos um lugar para nós, ao que se conta é uma antiga cidade construída por um antigo povo, muito misterioso, pois ninguém sabe como eles sumiram, e quem vê tudo isso ficaria impressionado: são reais monumentos, e grandiosos, parece que o próprio Deus desceu dos céus e os ajudou a construir tudo isso, é maravilhoso. Pena que não resta ninguém que participou dessa obra, e me assombra o pensamento de que meus antigos companheiros, meus compatriotas, os verdadeiros selvagens, possam descobrir isso, pois sei que não hesitarão em destruir tudo. Porém agora permaneceremos aqui, e não me importa que tenhamos o mesmo fim dos últimos que habitaram esse lugar, porque quanto a mim sei que posso pagar meus pecados ajudando esse povo, que por um tempo cegamente desprezei, e hoje consigo dormir com mais tranquilidade, por isso não vou abandoná-los, pois agora sou um deles.

(texto para trabalho de Gramática - Curso de Letras)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nothing can stop the Nature

When rain starts to fall
When lightnings starts to flash
Followed by the roar of the thunder
With winds of a storm
Nothing can stop

The running river
The waterfall
The flood carrying away all
Nothing can stop

When the earth starts shaking
When the sea shows its wrath
Making its water stand
In a giant wave to join the land
Nothing can stop

And like nothing can stop a hurricane
And all the mess that it does
Nothing can stop us

Cause love is our Nature
And nothing can stop the Nature

domingo, 10 de abril de 2011

Across the Distance

A world of difference
A world of distance
Two people
Two dreamers
Two lovers
Winning the distance and the difference
Just to Love