quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O perseguido de Janus

     Era uma vez um pequeno garoto, ele andava por entre corredores sem fim tinha sempre felicidades e angustias, e sempre em sua vida chegava em um ponto em que havia duas portas pela qual poderia seguir de vez em quando até deixavam ele dar uma espiada dentro de cada porta mas no fim ele entraria em uma e deixaria a outra para trás.
     No começo tinha alguém que sempre o ajudava a passar por elas, aliás as primeiras portas nem foi ele quem escolheu passá-las, alguém escolheu por ele, porém o tempo foi passando e viram que ele não precisava mais que escolhessem suas portas, dai para frente começaram simplesmente a fechar algumas para que ele escolhesse outra, mas quando se exclui uma porta aparece sempre outra no lugar, para que sempre ele tenha que escolher de duas uma.
     Mais um tempo se passou e agora o pequeno garoto já não era tão pequeno assim, e pessoas deixaram de fechar as portas por ele, agora ele estava sozinho, no começo de sua liberdade foi bom, afinal era o que ele sempre quis, as primeiras portas a foram fáceis, espiava dentro de cada uma e logo escolhia, as coisas passavam rápido e ele fazia a escolha que quisesse.
    Porém as coisas começaram a mudar, as portas foram ficando mais difíceis, e ele começou a tomar mais tempo para escolhe-las, viu que não era tão bom assim andar sozinho, as vezes fechava uma, duas, três portas e sempre tinha duas para escolher, até que chegou uma hora em que ele ficou em frente as duas portas mais difíceis de sua vida pelo menos pelo que ele imagina, espiando lá dentro ele viu que essa escolha iria mudar tudo completamente em sua vida, lá dentro estava outra pessoa para ajudá-lo nessa caminhada, ele pensou por muito tempo, duvidava sobre muitas coisas que iriam acontecer, afinal uma espiada não é nem de perto uma visão plena, no fim, por vários motivos decidiu por uma e como parte de seu fardo ele precisou fechar a outra para nunca mais poder retornar, porém por algum motivo, talvez o da porta ser pesada demais, ou por ele hesitar em seguir pela porta em frente, ou talvez também e mais provável por querer espiar a outra porta que se abriria em troca da que se tinha fechado ela se abriu antes que ele pudesse passar pela qual ele havia escolhido e deu-lhe mais uma pequena visão do que ali se passaria, o que o impressionou e mais uma vez o deixou parado onde agora está entre duas portas, uma que o quer mais do que ele a quer e outra que ele quer mais do que ela o quer, pelo menos assim pensa, e já não sabe que decisão tomar.

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